segunda-feira, 15 de maio de 2017

PRIMEIROS LIVROS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

 

 
PRIMEIROS LIVROS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Nem sempre o livro, no que diz respeito exclusivamente ao modelo actual e forma de divulgar o melhor possível um texto, foi o que é hoje. Os primeiros livros da história da Humanidade foram executados em rolos de papiro pelos egípcios, rolos que chegavam a atingir por vezes vinte metros. O mais antigo rolo conhecido data de 2400 anos a.C.

Muitos séculos depois, isto no ano 500 a.C., surgiu o pergaminho, lançado no mercado da escrita pelo rei de Pérgamo (daí o nome de pergaminho), Euménio, com a finalidade de se subtrair ao monopólio egípcio do papiro. Mas foram os chineses que idealizaram e fizeram circular pela primeira vez o livro em folhas de pergaminho, juntas e, mais tarde, em cadernos (fins do século I), o que veio dar origem ao volume. E enquanto não surgiu o papel, foi o pergaminho o material mais adoptado para a feitura de livros manuscritos, tanto pelo seu preço, muito mais barato que o papiro, como pelo facto de receber com mais facilidade a escrita.

Os primeiros livros portugueses em folhas de que há conhecimento, são manuscritos e pertencem à Idade Média. Começaram por surgir nos mosteiros e foram copiados de outros por hábeis copistas. A estes seguiram-se os livros gravados que, segundo Seizins, apareceram na Europa em 1431. Já então existia uma tal ânsia de cultura que o mais precioso presente que se podia oferecer era um livro. A arte de copista era, por essa altura, das mais principescamente remuneradas. Até que surgiu Gutenberg e a descoberta dos caracteres tipográficos móveis. É a época da tipografia. E com ela um enorme salto dado na técnica e divulgação do livro.

O mais antigo livro impresso pelo sistema dos caracteres móveis inventados por Gutenberg, foi o Excerto do Juízo Final (1445), seguido da famosa Bíblia de 42 linhas, também conhecida pela Bíblia de Mogúncia, e que teria sido impressa pelo próprio Gutenberg, entre 1450 e 1455. Desta Bíblia existem, actualmente, 40 exemplares dispersos pelo mundo, um dos quais se encontra na Biblioteca Nacional de Lisboa, sendo 28 em papel e 12 em pergaminho.

Quanto ao aparecimento da imprensa em Portugal, temos que a primeira obra de impressão saída das nossas tipografias medievais foi o Tratado de Confissão, livro de 59 páginas impressas a duas colunas, em Chaves, a 8 de Agosto de 1489. Por consequência mais velha cinco anos do que o Breviarium Bracarence (1494).

O primeiro jornal a circular em Portugal, foi a Gazeta, no ano de 1641, ligada ao movimento da Restauração da Independência. Em 1663, apareceu o primeiro número do Mercúrio, jornal a que sucedeu vinte e cinco depois, o Mercúrio da Europa.

 

in “Dicionário da Literatura Portuguesa”

 

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