Canção do
Marinheiro
Perdido lá no mar alto
Um pobre navio andava;
Já sem bolaxa e sem rumo
A fome a todos matava.
Deitaram as negras sortes
A vêr qual d´elles havia
Ser pelos outros matado
P´ro jantar d´aquelle dia.
Caiu a sorte maldita
No melhor moço que havia
Ai como o triste chorava,
Resando á Virgem Maria.
Mas de repente o gageiro,
Vendo terra pela prôa,
Grita alegre lá da gávea:
Terras, terras de Lisboa.
Nota: Esta canção está incluída no “Cancioneiro Popular” de 1867, coligida por Teófilo Braga.
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