Vasco de Lima Couto nasceu no
Porto, no dia 26 de Novembro de 1923. Viveu até 10 de Março de 1980.
Foi poeta, declamador, actor e encenador.
Trabalhou, como actor, na Companhia Amélia Rey
Colaço-Robles Monteiro, no Teatro Experimental do Porto, Teatro Estúdio de
Lisboa, na Cornucópia, no Teatro Maria Matos, etc.
Fez digressões a África, apreciando, especialmente, Angola.
Gostava da sua imensidão e da sua gastronomia.
Escreveu poemas para Amália, Max, Vasco Rafael, e muitos
outros.
Alguns dos seus sucessos: “Que Povo é Este, Que Povo?”;
“Andorinha”; “Meu Nome Sabe-me a Areia”; “Fado da Madrugada”; “Disse-te Adeus e
Morri”.
Em Constância, existe a Casa Museu Vasco de Lima Couto, onde estão
expostos, objectos pessoais, correspondência, poemas originais e uma colecção
de arte constituída por mobiliário e pintura.
Pomba Branca
Pomba branca, pomba branca
Já perdi o teu voar
Naquela terra distante
Toda coberta pelo mar.
Fui criança e andei descalço
Porque a terra me aquecia
E eram longos os meus olhos
Quando a noite adormecia.
Vinham barcos dos países
Eu sorria vê-los sonhar
Traziam roupas felizes
As crianças dos países
Nesses barcos a chegar.
Pomba branca, pomba branca.
Depois mais tarde ao perder-tePor ruas de outras cidades
Cantei meu amor ao vento
Porque sentia saudades
Saudades do meu lugar
Do primeiro amor da vida
Desse instante aproximar
Os campos do meu lugar
À chegada e à partida
Pomba branca, pomba branca.
Vasco de Lima Couto
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