Jorge
Amado (1912-2001) foi galardoado com o Prémio Camões, em 1994. Recebeu-o
no Rio de Janeiro, em Março de 1995.
A sua
actividade literária desenvolveu-se em diversos géneros, tais como: romance, novela, poesia, biografia,
memórias, jornalismo.
Em Abril de 1961, Jorge Amado foi eleito
para a Academia Brasileira de Letras.
Tenda
dos Milagres
Rosa sempre chega assim, inesperada, vem de súbito.
Da mesma forma inconsequente desaparece...
Fuxicos, arengas, xeretices, pois em verdade
Ninguém sabe nada de concreto sobre Rosa.
Rosa brincava com as algas, todos os ventos em seus cabelos.
Todos os ventos, do norte e sul, o vento terrível do noroeste.
Na canoa ancorada ela deitava, a cabeça de fora, o cabelo no mar.
Parecia cabeça sem corpo, saindo d´água, dava arrepio.
Rosa maluca, Rosa do cais, tantas vezes mentias!
Da mesma forma inconsequente desaparece...
Fuxicos, arengas, xeretices, pois em verdade
Ninguém sabe nada de concreto sobre Rosa.
Rosa brincava com as algas, todos os ventos em seus cabelos.
Todos os ventos, do norte e sul, o vento terrível do noroeste.
Na canoa ancorada ela deitava, a cabeça de fora, o cabelo no mar.
Parecia cabeça sem corpo, saindo d´água, dava arrepio.
Rosa maluca, Rosa do cais, tantas vezes mentias!
Jorge
Amado
“É personagem
importante o mar baiano. Meus livros começam e acabam no mar. Ele funciona
muito em meus livros. É natural. Nós estamos aqui numa península, rodeada de
mar, este mar que é uma beleza extraordinária. É um privilégio que nós temos o
de viver na Bahia, viver com este mar em torno de nós.”
“A vida me deu mais do que
pedi e mereci. Não me falta nada. Tenho Zélia e isso me basta.”
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