sábado, 7 de dezembro de 2013

UM LONGO CAMINHO PARA A LIBERDADE

 
 
 

        Nelson Mandela foi o preso número 46664 da cadeia de Robben Island.
        
        Desde 1962 a 1979, cumpriu uma pena de trabalhos forçados. A sua cela  tinha cerca de 6 metros quadrados. Não havia cama.
            
           A biblioteca da prisão  disponibilizava livros de diversos autores. Nelson Mandela escolheu, como seu preferido,  o poeta britânico William Ernest Henley, autor do poema “Invictus”, escrito em 1875.
          
            Este poema acompanhou Nelson Mandela durante os anos de cativeiro. Nas horas de desânimo, Mandela lia e relia o poema, procurando nele a energia e a esperança necessárias para vencer os dolorosos momentos que estava obrigado a viver. E repetia, repetia: “Sou o dono do meu destino, sou o capitão da minha alma”.
 
        Nas suas memórias, “Um Longo Caminho para a Liberdade”, Mandela descreve a sua extraordinária história de vida. Evoca, emotivamente, os momentos mais destacados que o levaram à vitória, em abril de 1994, nas primeiras eleições multirraciais na África do Sul.
 
              Invictus

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repletade castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.
 
William Ernest Henley (1849 – 1903)
 
 
 

 

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