Elizabeth Bishop nasceu em Massachusetts, Estados Unidos, no dia 8 de
Fevereiro de 1911. Viveu até 6 de Outubro de 1979.
Formou-se na Faculdade de Arte de Nova York.
Publicou o seu primeiro livro em 1946, intitulado “North and South”.
Viveu durante vários anos em França e
no Brasil. Foi consultora de Poesia na Biblioteca do Congresso Americano.
É considerada uma das mais importantes poetisas do século XX a escrever em língua inglesa.
Publicou 101 poemas.
Ganhou inúmeros prémios, com destaque
para o “Prémio Pulitzer”, em 1956; “Prémio Nacional de Poesia”, em 1970;
“Prémio Neustadt de Literatura”, em 1976. Foi a primeira mulher a
receber este prémio.
Uma certa arte
“A arte de perder não é nenhum mistério; Tantas coisas contêm em si o acidente De perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente. A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente Da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes. A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente. Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu
amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (escreve!) muito sério. “ |
Elizabeth Bishop, in "Poesia Alheia"
Tradução de Paulo Henriques Britto.
Sem comentários:
Enviar um comentário