António
Correia de Oliveira (São Pedro do Sul, Portugal, 1879 – Esposende, Portugal, 1960).
Foi um poeta de craveira invulgar, vindo do povo, moldado nos costumes da gente simples de Portugal.
Luís Forjaz Trigueiros (1915 – 2000), crítico
literário, escreveu sobre o poeta: “A sua
poesia de tónica nacionalista e exaltação dos valores da religião e da Pátria, conseguiu
sobreviver a modas estéticas e à renovação das correntes líricas pelas suas
qualidades e autenticidade poética que a tornaram inconfundível.”
Em 1909 foi eleito sócio da “Academia Brasileira de
Letras”, ocupando a cadeira que fora de Emílio Zola.
Em 1937, por ocasião de outra visita ao Brasil, foi
homenageado pela mesma Academia.
Escreveu, Pátria
Nossa – Pátria Vossa, saudando o Brasil.
A Despedida
Três modos de despedida
Tem o meu bem para mim:
- «Até logo»; «até à vista»:
Ou «adeus» – É sempre assim.
Tem o meu bem para mim:
- «Até logo»; «até à vista»:
Ou «adeus» – É sempre assim.
«Adeus», é lindo, mas triste;
«Adeus» … A Deus entregamos
Nossos destinos: partimos,
Mal sabendo se voltamos.
«Adeus» … A Deus entregamos
Nossos destinos: partimos,
Mal sabendo se voltamos.
«Até logo», é já mais doce;
Tem distância e ausência, é certo;
Mas não é nem ano e dia,
Nem tão-pouco algum deserto.
Tem distância e ausência, é certo;
Mas não é nem ano e dia,
Nem tão-pouco algum deserto.
Vale mais «até à vista»,
Do que «até logo» ou «adeus»;
«À vista», lembra, voltando,
Meus olhos fitos nos teus.
Do que «até logo» ou «adeus»;
«À vista», lembra, voltando,
Meus olhos fitos nos teus.
Três
modos de despedida
Tem,
assim, o meu Amor;
Antes
não tivesse tantos!
Nem um só… Fora melhor.
António
Correia de Oliveira