Foi poeta, professor universitário, dramaturgo, crítico literário,
ensaísta e tradutor.
Viveu seis anos no Brasil onde completou a importante obra poética, Metamorfoses, e escreveu Quatro sonetos a
Afrodite Anadiómena, Sinais de Fogo, entre outros.
Foi catedrático de Teoria da Literatura na
“Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis”, em São Paulo.
A sua obra é marcada pela reflexão humanista acerca da liberdade do
Homem.
É um dos grandes
poetas de língua portuguesa e uma das figuras principais da cultura do século
XX.
Postumamente,
foram publicadas várias antologias poéticas.
Palavras de Jorge de Sena:
“Esta é a ditosa pátria minha amada. Não. Não é ditosa, porque o não
merece. Nem minha amada, porque é só madrasta. Nem pátria minha, porque eu não
mereço a pouca sorte de ter nascido nela.”
De mim não falo
mais: não quero nada.
De Deus não falo: não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.
De Deus não falo: não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.
Nem de existir,
que é a vida atraiçoada,
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver, que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.
Por mais justiça...- Ai quantos que eram novos
em vão a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusão dos povos!
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver, que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.
Por mais justiça...- Ai quantos que eram novos
em vão a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusão dos povos!
Não há verdade: o
mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe aonde.
Mortais ou imortais, todos mentiram.
Tudo se vê: só se não sabe aonde.
Mortais ou imortais, todos mentiram.
Jorge de Sena, in
“Coroa da Terra”
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