António Barbosa Bacelar (Lisboa, Portugal, 1610-1663).
Foi um dos poetas mais distintos e prestigiados do período barroco
em Portugal.
Além das obras jurídicas
e filosóficas em prosa, deixou muitas poesias, grande parte escritas em língua castelhana.
A sua obra poética está essencialmente publicada na Fénix
Renascida.
A umas Saudades
Saudades de meu bem, que noite e dia
A alma atormentais, se é vosso intento
Acabardes-me a vida com tormento,
Mais lisonja será que tirania.
Mas, quando me matar vossa porfia,
De morrer tenho tal contentamento,
Que em me matando vosso sentimento,
Me há-de ressuscitar minha alegria.
De morrer tenho tal contentamento,
Que em me matando vosso sentimento,
Me há-de ressuscitar minha alegria.
Porém matai-me embora, que pretendo
Satisfazer com mortes repetidas
O que à beleza sua estou devendo.
Satisfazer com mortes repetidas
O que à beleza sua estou devendo.
Vidas me dai para tirar-me vidas,
Que ao grande gosto com que as for perdendo
Serão todas as mortes bem devidas.
Que ao grande gosto com que as for perdendo
Serão todas as mortes bem devidas.
António Barbosa Bacelar, in “Fénix Renascida”.
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