Ó
Laurinda, Ó Laurindinha
Ó Laurinda, ó Laurindinha,
Tua mãe ‘stá-te a chamar.
- Eu bem sei o que ela quer:
Não me deixa namorar.
Não me deixa namorar,
Ela também namorou.
Minha mãe já se não lembra
Do tempo que já passou.
Do tempo que já passou,
Do tempo que já lá vai,
Minha mãe já se não lembra
Que namorou com meu pai.
Embora tua mãe não queira
E teu pai diga que não,
Havemos de ir à Igreja
Dar as mãos como os mais dão.
À cor do verde é ‘sperança,
Esperança tenho em Deus
Dum dia ver os meus braços
Entrelaçados nos teus.
Oh quem fosse tão ditoso
Como o linho que fiais!
Quem levasse tantos beijos,
Como vós no linho dais!
Cancioneiro Popular Português – Antologia organizada pela
professora Maria Arminda Zaluar Nunes
Imagem: pintura de Costa Araújo (Braga, Portugal, 1947).
Imagem: pintura de Costa Araújo (Braga, Portugal, 1947).
Sem comentários:
Enviar um comentário