Grande humanista e poeta renascentista, foi o
principal representante da “La Pléiade”, grupo de poetas cujos principais
modelos foram os líricos greco-romanos e italianos, que tiveram grande
importância na renovação da literatura francesa.
Após as suas Odes,
imitadas de Píndaro, praticou uma poesia mais pessoal nos Amores e encontrou o tom épico nos Hinos.
Palavras de Pierre de Ronsard:
"A poesia é um fogo cuja chama faz arder o
espírito de quem ama."
Soneto a
Helena
Quando
fores bem velha, à noite, á luz da vela
Junto ao fogo do lar, dobando o fio e fiando,
Dirás, ao recitar meus versos e pasmando:
Ronsard me celebrou no tempo em que fui bela.
Junto ao fogo do lar, dobando o fio e fiando,
Dirás, ao recitar meus versos e pasmando:
Ronsard me celebrou no tempo em que fui bela.
E entre
as servas então não ha de haver aquela
Que, já sob o labor do dia dormitando,
Se o meu nome escutar não vá logo acordando
E abençoando o esplendor que o teu nome revela.
Sob a terra eu irei, fantasma silencioso,
Entre as sombras sem fim procurando repouso:
E em tua casa irás, velhinha combalida,
Que, já sob o labor do dia dormitando,
Se o meu nome escutar não vá logo acordando
E abençoando o esplendor que o teu nome revela.
Sob a terra eu irei, fantasma silencioso,
Entre as sombras sem fim procurando repouso:
E em tua casa irás, velhinha combalida,
Chorando
o meu amor e o teu cruel desdém.
Vive sem esperar pelo dia que vem;
Colhe hoje, desde já, colhe as rosas da vida.
Vive sem esperar pelo dia que vem;
Colhe hoje, desde já, colhe as rosas da vida.
Pierre de Ronsard
Tradução: Guilherme de Almeida
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