MADALENA FÉRIN
(Açores, Portugal, 1929 — Lisboa, 2010)
Poetisa, escritora
***
MAR DE OESTE
Eis
que do seu dorso despontaram garras!
No
vértice onde se embalavam peixes
nasceram
asas,
num
anseio de pombas
mortas
implumes...
Eis
que o líquido e o denso se casaram
formando
um monstro: rochedo e cavalo,
serpente
e águia,
grilheta
e asa!
E num barco de papel
navego eu!
in “Poemas”
Sem comentários:
Enviar um comentário