HELDER MOURA PEREIRA
(Setúbal, Portugal, 1949)
Poeta,
tradutor
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Tornou-se, na segunda metade dos anos 80, um
dos representantes do minimalismo pós-moderno.
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NENHUMA OUTRA VIAJARÁ PELA SOMBRA COMIGO
Já
és minha. Repousa com teu sono no meu sono.
Amor, dor, trabalhos, devem dormir agora.
Gira a noite em suas rodas invisíveis
e ao meu lado és pura como o âmbar adormecido.
Amor, dor, trabalhos, devem dormir agora.
Gira a noite em suas rodas invisíveis
e ao meu lado és pura como o âmbar adormecido.
Nenhuma
outra, amor, dormirá com meus sonhos.
Irás, iremos juntos pelas águas do tempo.
Nenhuma outra viajará pela sombra comigo,
apenas tu, sempre-viva, sempre sol, sempre lua.
Irás, iremos juntos pelas águas do tempo.
Nenhuma outra viajará pela sombra comigo,
apenas tu, sempre-viva, sempre sol, sempre lua.
Já
tuas mãos abriram os punhos delicados
e deixaram cair suaves signos sem rumo,
teus olhos fecharam-se como duas asas cinzentas,
e deixaram cair suaves signos sem rumo,
teus olhos fecharam-se como duas asas cinzentas,
enquanto
eu sigo a água que levas e me leva:
a noite, o mundo, o vento fiam o seu destino,
e sem ti já não sou senão apenas o teu sonho.
a noite, o mundo, o vento fiam o seu destino,
e sem ti já não sou senão apenas o teu sonho.
nostálgico
ResponderEliminarCumprimentos.
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