José Augusto de
Carvalho, nasceu
no dia 20 de Julho de 1937, em Viana do Alentejo, Portugal.
É
poeta e tradutor.
Da
sua obra literária, destacam-se os livros: “Arestas Vivas”; “Sortilégio”; “Vivo
e Desnudo”; “Nós Poesia”; “Da Humana Condição”; “O meu Cancioneiro”.
Colaborou
em diversas Antologias, tais como: “Poetas Alentejanos do Século XX”; “Amantes
das Leituras”; “Temas Originais” e “Princesa da Poesia”.
Está a traduzir “Por
Terras de Portugal e Espanha” de Miguel Unamuno e “Selecta Poética” de António
Machado.
Palavras de José Augusto de Carvalho:
“Sou uma pessoa igual às demais, com algumas virtudes, com alguns defeitos.”
A recusa!
Recuso ser, na noite, a sombra que desenha
a angústia indefinida e fria deste cais.
O que tiver de vir, se mais houver, que venha,
Mostrengo, Adamastor e Fim do Nunca Mais!
O leme se quebrou. Ao vento, as rotas velas
ensaiam os sinais das barcas à deriva.
Que velhas perdições?! Na consciência delas,
assombram predições doendo em carne viva.
Que venham os pinhais gritar o desafio
do tempo por haver que acena o amanhecer
além deste torpor indefinido e frio!
a angústia indefinida e fria deste cais.
O que tiver de vir, se mais houver, que venha,
Mostrengo, Adamastor e Fim do Nunca Mais!
O leme se quebrou. Ao vento, as rotas velas
ensaiam os sinais das barcas à deriva.
Que velhas perdições?! Na consciência delas,
assombram predições doendo em carne viva.
Que venham os pinhais gritar o desafio
do tempo por haver que acena o amanhecer
além deste torpor indefinido e frio!
Que venha a tentação sortílega tecer,
com arte com engenho, o já lendário fio
da espera que germina um novo acontecer!...
com arte com engenho, o já lendário fio
da espera que germina um novo acontecer!...
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