quinta-feira, 27 de março de 2014

Sarah Bernhardt - “A Divina Sarah”



Sarah Bernhardt, (1844-1923) nasceu em Paris, França.

Considerada uma das mais famosas actrizes da história do teatro, foi também pintora, escultora, escritora e mulher de negócios.

Estudou no Conservatório de Paris, tendo-se estreado aos 13 anos na “Comédie  Française”.

O seu primeiro sucesso foi em 1869, na peça “O Viandante”, de François Coppée.

Em 1907, foi nomeada professora do Conservatório.

Ao longo da sua carreira, interpretou muitos papéis clássicos, tais como: Marguerite Gautier, em “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas, filho; Cordélia, no “Rei Lear”, de Shakespeare; Aricie, em “Fedra”, de Racine; Joana D´Arc, em “Joana D´Arc”, de Jules Barbier; Hamlet, em “Hamlet”, de Shakespeare; Lady Macbeth, em “Macbeth”, de Shakespeare.

O dramaturgo Victorien Sardou escreveu, propositadamente para a actriz, as peças: “Fedora”; “Théodora”; “La Tosca” e “Cléopâtre”.

Sarah Bernhardt foi a primeira actriz-empresária do mundo do espectáculo. Em 1899, alugou, por 25 anos, o enorme “Theâtre des Nations”, em França, onde actuaria, exclusivamente, durante os últimos 24 anos de sua vida.

Em 1907, publicou a autobiografia, intitulada “Ma double vie”.

Em 1914, foi condecorada pelo governo francês, com a “Légion d´Honneur.”

No final do século XX, recebeu uma estrela na “Calçada da Fama”, em Hollywood.
Mark Twain, escritor americano, escreveu: “Há cinco classes de actrizes: as boas, as más, as regulares, as grandes actrizes e … Sarah Bernhardt.”
Palavras de Sarah Bernhardt:
“Quando a cortina é levantada, o actor deixa de pertencer a si próprio. Ele pertence ao seu carácter, ao seu autor, ao seu público.”
Um excerto do seu livro: “A Arte do Teatro”, publicado em 1924:
“Os moralistas, e em particular os moralistas religiosos, cobrem de vergonha os actores em geral, e consideram o teatro lugar de perdição.
Assim, na maioria das cidades da América em que tenho feito representações no decurso da minha “tournée”, os bispos lançam, “ex cathedra”, raios destinados a reduzirem a cinzas os meus camaradas e a mim mesmo.
A respeito de um sermão semelhante, o meu “manager”, o senhor Henry Abbey", escreveu ao bispo a seguinte carta:
-“Monsenhor, quando venho à sua cidade costumo gastar em publicidade quatrocentos dólares. Mas como desta vez a fez por mim, envio-lhe duzentos dólares para os seus pobres.” Henry Abbey
Sarah Bernhardt , in “A Arte do Teatro”
Ilustração: Pintura de Georges Clairin



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