W. H. Auden (1907-1973) nasceu em York, Inglaterra.
Poeta, dramaturgo,
editor , ensaísta e crítico literário, é considerado
como um dos grandes autores ingleses do século XX.
Estudou na “Christ
Church”, em Oxford.
Em 1930, publicou o primeiro livro, intitulado, “Poemas”.
Nove anos depois mudou-se para os Estados Unidos, adoptando a
nacionalidade americana.
Em Inglaterra, foi um fervoroso defensor do socialismo e da psicanálise
freudiana. As suas convicções mudaram radicalmente na fase norte-americana. Os
seus interesses passaram a ser o Cristianismo e a teologia dos
protestantes modernos.
Em 1937, escreveu, “Espanha”, o melhor dos seus poemas políticos e um dos
melhores poemas inspirados na Guerra Civil de 1936-1939. Baseia-se na
experiência do autor durante aquele período histórico.
G o galardão anhou, entre outros, “National Book Award in Poetry”.
Palavras de W. H. Auden:
Blues
Fúnebres
Parem todos os relógios, calem o telefone,
Impeçam o latido do cão com
um osso para a fome,
Silenciem os pianos e com
tambores chamem
A vinda do caixão, deixem
que os desconsolados clamem.
Que aviões circulem no alto, um voo torto,
Rabiscando no céu a
mensagem: ele está morto.
Que se coloque nos brancos
pescoços de pombas coleiras pretas,
E os guardas de trânsito
usem luvas de algodão negras.
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste,
Minha semana de trabalho, um
domingo campestre,
Meu meio-dia, meia-noite,
minha fala, minha canção;
Eu pensava que o amor
duraria para sempre: eu não tinha razão.
Não me importam mais as
estrelas; tirem-nas da minha frente,
Empacotem a lua, desmantelem
o sol quente,
Despejem o oceano, tirem as
florestas de perto:
Pois agora nada mais pode
vir a dar certo.
W. H. Auden
Tradução: Rodrigo Suzuki Cintra
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