GIUSEPPE GIOACHINO
BELLI
(Roma, Itália, 1791 - 1863)
Poeta
***
A VIDA DO HOMEM
Nove meses
no fedor, depois nas faixas,
por entre crostas, beijocas, lagrimonas,
depois à trela, na andadeira, em camisinha,
pára turras na testa, cueiros por calções.
por entre crostas, beijocas, lagrimonas,
depois à trela, na andadeira, em camisinha,
pára turras na testa, cueiros por calções.
Depois
começa o tormento da escola,
o á bê cê, a vergasta e as frieiras,
a rubéola, a caca na cagadeira
e um pouco de escarlatina e de bexigas.
o á bê cê, a vergasta e as frieiras,
a rubéola, a caca na cagadeira
e um pouco de escarlatina e de bexigas.
Depois o
ofício, o jejum, a trabalheira,
a pensão a pagar, as prisões, o governo,
o hospital, as dívidas, a crica,
a pensão a pagar, as prisões, o governo,
o hospital, as dívidas, a crica,
o sol no
Verão, a neve no Inverno…
E por último – e que Deus nos abençoe –
vem a morte, e acaba no inferno.
E por último – e que Deus nos abençoe –
vem a morte, e acaba no inferno.
Tradução: Alexandre O’Neill
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