Eeva
Kilpi nasceu na Finlândia, em 1928.
Estudou
Filologia Inglesa na Universidade de Helsínquia.
É
poetisa, romancista, contista e professora.
Em
1959, publicou o seu primeiro livro de contos, intitulado “Uma Armadilha
Viciosa”; em 1972, editou o livro de poesia “A Canção de Amor e Outros Poemas
“.
Nos
finais da década de 80 publicou a trilogia dos seus romances autobiográficos.
Os temas predominantes da sua poesia são os sentimentos
mais profundos das mulheres, as suas emoções e a luta pelos seus direitos de
cidadania, assim como o envelhecimento, a velhice e a morte.
Foi galardoarda com os prémios mais importantes da
Finlândia.
Palavras de Eeva
Kilpi:
“É uma loucura mesmo perguntar o que é
criatividade. Seria o mesmo que entrevistar
uma planta cominho no seu jardim e perguntar: Como é que
você decidiu ser um tempero?"
Quando alguém já não tem forças...
Quando alguém já não tem forças para
escrever, tem de recordar.
Quando já não tem forças para fotografar,
tem de ver com os olhos da alma.
Quando já não tem forças para ler,
tem de estar repleto de histórias.
Quando já não tem forças para falar,
tem de ecoar.
Quando alguém já não tem forças para andar, tem de voar.
E quando chega a hora,
tem de se desprender das recordações
e dos olhos da alma e deixar de ressoar,
calar-se e dobrar as asas.
Mas aconteça o que acontecer a história continua, continua.
Quando já não tem forças para fotografar,
tem de ver com os olhos da alma.
Quando já não tem forças para ler,
tem de estar repleto de histórias.
Quando já não tem forças para falar,
tem de ecoar.
Quando alguém já não tem forças para andar, tem de voar.
E quando chega a hora,
tem de se desprender das recordações
e dos olhos da alma e deixar de ressoar,
calar-se e dobrar as asas.
Mas aconteça o que acontecer a história continua, continua.
Eeva Kilpi, in “Poesia Nórdica”
Tradução: Versão de Lp (blog do trapézio, sem rede) a
partir da tradução espanhola de Francisco J.Uriz.
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