Fernanda
Botelho (1926-2007) nasceu no Porto, Portugal.
Foi
escritora, poetisa e tradutora.
Foi
uma das fundadoras da revista literária “Távola Redonda”. Nela publicou seis
poemas, que marcaram o início da sua carreira literária.
Colaborou
em revistas literárias, tais como: “Graal”; “Europa”; “Tempo Presente” e “Panorama”.
Algumas
das suas obras: “ As Coordenadas Líricas”; “O Ângulo Raso”; Calendário
Privado”; “A Gata e a Fábula”; “Lourenço, é Nome de Jogral”; “Dramaticamente
Vestida de Negro”; “Esta Noite Sonhei com Brueghel”; “Festa em Casa de Flores”;
“Os Gritos da Minha Dança”.
Foi
agraciada com os seguintes prémios literários: “Prémio Camilo Castelo Branco”;
“Prémio Nacional de Novelística”; “Prémio da Crítica“; “Prémio Eça de Queirós”
e o “Prémio Pen Clube Português de Ficção”.
Recebeu
uma medalha da Direcção Geral das Relações Culturais de Itália, pela tradução
de “O Inferno “, de Dante.
Foi
distinguida com o grau de “Grande Oficial da Ordem do Mérito”.
Na Bélgica, foi
galardoada com a “Ordem de Leopoldo I”.
Palavras
de Fernanda Botelho:
“Nem na morte vou
perder o meu sentido de humor nem a minha ironia".
Desviou-se o paralelo um quase nada
e tudo escureceu:
era luz disfarçada em madrugada
a luz que me envolveu
A
geométrica forma de meus passos
procura um mar redondo.
Levo comigo, dentro dos meus braços,
oculto, todo o mundo.
procura um mar redondo.
Levo comigo, dentro dos meus braços,
oculto, todo o mundo.
Sozinha
já não vou. Apenas fujo
às negras emboscadas.
Em cada esfera desenho o meu refúgio
— as minhas coordenadas.
Fernanda Botelho, in "Coordenadas Líricas"
às negras emboscadas.
Em cada esfera desenho o meu refúgio
— as minhas coordenadas.
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