Fernando Guedes nasceu no Porto,
Portugal, em 1928.
É
editor, escritor e poeta da geração da “Távola Redonda”.
A
sua vida tem sido dedicada à poesia e às artes, tendo desempenhado múltiplos
cargos na área da história da cultura.
Foi
o fundador da “Editorial Verbo”; dirigiu a “Associação Portuguesa de Editores e
Livreiros”; foi Presidente da “Federação dos Editores Europeus”; da “União
Internacional de Editores”; fundador da “Sociedade Científica da Universidade
Católica Portuguesa”; da “Associação Portuguesa de Historiadores da Arte”.
Colaborou e dirigiu diversas
publicações literárias, entre elas, as revistas “Távola Redonda” e “Tempo
Presente”.
Alguns dos livros que escreveu:
“Esfera”; “A Viagem de Ícaro”; “Poesias Escolhidas”; “Estudo sobre Artes
Plásticas”; “Eu Editor me Confesso”.
Recebeu inúmeros galardões nacionais e internacionais,
entre os quais, o “Prémio Nacional de Poesia”, o “Prémio Antero de Quental” e o
Colar de Sócio Correspondente Português do “Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro”.
O Caule
Cinzentas procuras interceptam
o paralelismo recusado.
Sem preferência de ritmo
as fotografias dividiram entre si
os intervalos do tempo. Duas.
No caminho vãos destinos se
buscam.
Só a molécula resiste, a flor
aberta,
o caule perfumado, a raiz
vigorosa.
onde a raposa construiu o seu
covil,
a folhagem criada para o abrigo
do mocho,
a inteira floresta, espinheiros e
buxo,
o labirinto,
o eco da canção antiga,
ingênua
e tão distante.
E do eco, do bosque, do
labirinto, da flor aberta
se nutre de novo o movimento.
Os
símbolos perfilam outro símbolo.
Fernando
Guedes, in
“Caule, Flor e Fruto”
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