Jean Racine (1639-1699)nasceu
em La Ferté-Milon, França.
Poeta, dramaturgo, matemático
e historiador, considerado como um dos mais
notáveis autores de tragédias clássicas.
Estudou no Convento Jansenista de Port-Royal, onde aprendeu grego e
latim. Ali descobriu os grandes poetas trágicos da Antiguidade (Sófocles,
Eurípides e Ésquilo).
Junto com Molière e Corneille, formou o trio dos grandes dramaturgos
clássicos franceses do século XVII.
Racine escrevia com grande elegância, sendo reconhecido como o
maior mestre da língua francesa.
Algumas das suas
obras: “Ester”; “Atalia”; “Mitrídates”; “Berenice”; “A Tebaida”; “Alexandre”; “Andrômaca”;
“Britânico”; “Fedra”.
Racine foi nomeado historiador oficial pelo rei
Luís XIV, um título honorífico de grande prestígio, raramente concedido aos
homens de letras.
Com trinta e três
anos de idade foi eleito para a Academia Francesa.
Palavras
de Jean Racine:
"Os mais
infelizes são os que menos ousam chorar."
Excerto de uma cena
da peça trágica “Fedra” :
(Fedra
dirige-se a Enone, sua ama e confidente)
Fedra: “Os teus pedidos fizeram-me esquecer o meu dever.
Eu evitava Hipólito e tu fizeste-mo ver.
Com que direito te encarregaste disso?
Porque é que a tua boca ímpia
Acusando-o, ousou denegrir a sua vida?
Ele morrerá, talvez, e o voto sacrílego
Dum pai exaltado, será realizado.
Eu não te escuto mais. Vai-te, monstro execrável:
Vai, deixa-me o cuidado do meu destino deplorável….”
Eu evitava Hipólito e tu fizeste-mo ver.
Com que direito te encarregaste disso?
Porque é que a tua boca ímpia
Acusando-o, ousou denegrir a sua vida?
Ele morrerá, talvez, e o voto sacrílego
Dum pai exaltado, será realizado.
Eu não te escuto mais. Vai-te, monstro execrável:
Vai, deixa-me o cuidado do meu destino deplorável….”
Jean Racine,
in “Fedra”
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