Jaime
Cortesão
(1884-1960) nasceu em Ançã, Cantanhede, Portugal.
Foi historiador, médico,
escritor, poeta, dramaturgo e político.
A política e a
literatura preencheram a vida de Jaime Cortesão.
Participou, como
voluntário, no Corpo Expedicionário Português, durante a Primeira Guerra
Mundial. Publicou as memórias deste acontecimento.
Por motivos
políticos, esteve exilado durante vários anos.
Residiu no Rio de
Janeiro, Brasil, onde foi professor do ensino universitário.
Na comemoração do 4º
centenário da fundação da cidade de São Paulo, realizou a Exposição Histórica
desta cidade.
Algumas das obras de Jaime Cortesão: A Morte da Águia, Glória Humilde, O Infante de Sagres, A Expedição de
Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil, A Expansão dos Portugueses na
História da Civilização.
Renascimento
Nasci
de novo. Eis-me liberto, enfim!
Foi
por um Céu, de estrelas todo cheio,
Numa
visão de Amor, que um Anjo veio
Descendo até poisar ao pé de mim.
O
beijo que me deu não teve fim...,
Apertou-me
nos braços contra o seio,
Abriu
os lábios segredando..., e a meio
Bateu asas e levou-me assim.
Ai!
como é doce o seio que me embala!
E
como tudo é novo e mais profundo!...
Mas já não volta, ou,
quando volta, é morto!
Noutro
Mundo melhor eu vivo absorto,
E
logo conheci que a esse Mundo
Quem vai não volta, ou, quando volta, é
morto.
Jaime Cortesão, in “A Águia”.
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