LÊDO IVO
(Maceió,
Brasil, 1924 - Sevilha, Espanha, 2012)
Poeta, romancista, contista, cronista, jornalista e ensaísta
Em 1940, transfere-se para
o Recife e, influenciado pelo ambiente intelectual da cidade, publica poemas e
artigos na imprensa local.
Três anos mais tarde, muda-se para o Rio de Janeiro.
Passa a trabalhar na imprensa carioca como jornalista profissional, colaborando
com textos literários e reportagens.
Em 1944, publica seus primeiros poemas no
livro As Imaginações.
É eleito em 1986
para ocupar a cadeira número 10 da Academia Brasileira de Letras.
Em 2004
é lançada a primeira edição de suas obras completas, com seis décadas de poesia
e prosa.
Para os críticos e historiadores literários, Ivo filia-se à terceira
geração do modernismo, com evidente preocupação com a linguagem e o retorno a
sensos estéticos anteriores à fase experimental do movimento.
Em 2006, doa seu
arquivo pessoal, reunindo correspondências, manuscritos, recortes de jornais e
fotografias, ao Instituto Moreira Salles - IMS, de São Paulo.
in, Enciclopédia Itaú
Cultural (excertos)
***
Palavras
de
Lêdo
Ivo
“O
grande escritor não precisa ser nem muito inteligente nem muito culto. A
inteligência e a cultura são contudo indispensáveis nos escritores menores.”
PERDAS E DANOS
Quem dorme
perde a noite.
Foge da eternidade,
candelabro cativo
na escuridão do céu.
Quem dorme perde o amor,
a vigília madura
da carne que se sonha
a si mesma acordada.
Quem dorme perde a morte
que respira escondida
como a lebre no bosque.
Foge da eternidade,
candelabro cativo
na escuridão do céu.
Quem dorme perde o amor,
a vigília madura
da carne que se sonha
a si mesma acordada.
Quem dorme perde a morte
que respira escondida
como a lebre no bosque.
Quem dorme perde tudo
que o acaso deposita
na mesa do universo!
que o acaso deposita
na mesa do universo!
Gostei muito, obrigada
ResponderEliminarObrigado, Ana Martins. Cumprimentos.
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