ANTÓNIA GERTRUDES PUSICH
(São Nicolau, Cabo Verde, 1805 - Lisboa, 1883)
Escritora, jornalista, música e feminista
Deixou
uma obra vasta e exerceu grande influência entre os cultores do primeiro
romantismo português.
Fundou
jornais e revistas (é a primeira mulher que em Portugal funda e dirige um
jornal, “Jornal da Instrução”, de que é também redactora) e foi precursora das
ideias feministas.
Entre 1849 e 1851 dirigiu também “A Assembleia Literária”,
onde, além de outros nomes, nomeadamente de mulheres, colabora o folhetinista
Júlio César Machado.
Cultivou em prosa e verso a moda da literatura gótica,
sendo a sua obra mais conhecida Olinda ou
a Abadia de Cumnor Place, publicada em livro em 1848, um romance em verso
tipicamente gótico, confessadamente influenciado por Kenilworth de Scott.
Cultivou
o género em numerosas composições poéticas dispersas pelos jornais literários
da época (o romance Dois Mistérios
apareceu em folhetim em 1854 e 1855 no jornal “A Beneficência”) e também em
dramas (O Regedor da Paróquia, Constança
ou o Amor Maternal,), a que Lisboa não regateou aplausos.
in “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”
***
Palavras
de
Antónia Gertrudes Pusich
“Enquanto
em nossa terra as mulheres não tiverem a precisa instrução literária, ensinam a
coser, marcar, bordar, música, etc. Porém a ler, escrever, contar, etc., não. E
ainda menos outros estudos.”
vamos parabenizar a coragem e o entusiasmo que esta mulher teve..tambem só podemos mudar o mundo com mulheres e homens bem instruidos é claro para o bem fazer..
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