TEMPLO
I, TIKAL
O
Santuário maia na Guatemala
Erguendo-se acima do
dossel da Floresta Tropical, as pirâmides da cidade maia de Tikal dominam a
paisagem.
A civilização maia floresceu durante a época clássica entre 300 d.C.
e 900, mas entrou num declínio abrupto e as suas grandes cidades foram
abandonadas quinhentos anos antes da conquista da América do Sul pelos
Espanhóis no século XVI.
Escavações descobriram grupos de plataformas e
estrutura de pedra dispersas por uma área de perto de sessenta e nove
quilómetros quadrados. No centro dessa cidade, ligada por largas calçadas entre
grupos específicos de edifícios, encontra-se uma praça central rebocada, com
oitenta e cinco por sessenta e sete metros. Em frente uma da outra, de cada
lado da praça, estão duas torres, a maior conhecida por Templo I ou Templo do
Grande Jaguar (c.500 d.C.)
Os grupos de edifícios compartilham uma relação
geomântica, sugestiva duma hierarquia urbana e dum alinhamento solar e astral.
Os interiores dos templos são pequenos e simples. Elevados bem acima da praça,
indicam uma finalidade cerimonial elitista afastada das multidões reunidas em
baixo.
O centro urbano, com uma população calculada ao redor de cinquenta mil
pessoas no seu auge, vivia dum vasto império agrícola, com ligações culturais
às cidades afastadas da mesma época. Esses monumentos, agora isolados entre um
emaranhado de vegetação, falam-nos silenciosamente duma misteriosa cultura
perdida.
in “Arquitectura” de Neil Stevenson
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