CARLOS REIS
(Torres
Novas, Portugal, 1863 – Coimbra, 1940)
Pintor
Mestre Carlos Reis, como
era conhecido, fez a instrução primária em Torres Novas e, ainda bastante jovem
começou a revelar a sua arte em esboços e desenhos, desenvolvendo talentos que
o levariam à sua inscrição em 1881, na Escola Superior de Belas Artes, em
Lisboa.
Foi um pintor
notável pela sua aptidão para transmitir luminosidades. Trabalhador incansável,
pintou numerosos quadros, alguns de grandes dimensões, como os painéis
decorativos da Sala de Baile do Hotel do Buçaco e um retrato de D. Carlos, que
se encontra no paço de Vila Viçosa.
Outra obra de relevo encontra-se na Sala do
Senado do Palácio de S. Bento. Pintou também retratos da realeza e nobreza contemporânea,
bem como cenas da vida quotidiana do povo português nos seus aspectos típicos,
bodas e festas. São disso exemplo, Uma
Saúde aos Noivos, a Talha Vidrada
e o Primeiro Filho.
A sua pintura,
cheia de luz e cor, é sobretudo inspirada na natureza, como se pode admirar por
exemplo, em Raios de Sol Ardente e Pôr-do-Sol.
Mas, se Carlos Reis foi um
pintor popular, é também considerado o mágico do branco, para comunicar as
transparências da luz, em expressões inigualáveis, como as de Primeira Comunhão, Asas e Comungantes.
Fundou o grupo “Ar Livre”,
antecessor do “Grupo Silva Porto”, onde se reuniram muitos dos seus discípulos.
Em 1940, foi-lhe concedida a Grã-Cruz da Ordem de Santiago e, em 1942, é
atribuído o seu nome ao Museu Municipal de Torres Novas.
in “Museu Municipal Carlos Reis”(excertos)
Imagem: Carlos Reis – auto-retrato
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