VASCO DE LIMA COUTO
(Porto, Portugal, 1923 – Lisboa, 1980)
Gravou
poesia em disco e publicou os volumes de poemas Romance, Recado Invisível, Olhar do Silêncio e O Silêncio das Palavras.
***
POMBA
BRANCA, POMBA BRANCA
Pomba
branca, pomba branca
Já
perdi o teu voar
Naquela
terra distante
Toda coberta p'lo mar
Fui
criança, andei descalço
Porque
a terra me aquecia
Eram longos os meus sonhos
Quando a noite adormecia
Vinham
barcos dos países
Eu
sorria, de os sonhar
Traziam
roupas, felizes
As
crianças dos países
Nesses barcos a chegar
Depois
mais tarde ao perder-me
Por
ruas de outras cidades
Cantei
meu amor ao vento
Porque sentia saudades
Saudades
do meu lugar
Do
primeiro amor da vida
Desse
instante a aproximar
Dos
campos, do meu lugar
À chegada e à partida
Não consigo escrever nada. As saudades são tantas, aprendi tanto com este Homem, que não sei dizer mais nada! Foi um dos Grandes portugueses...
ResponderEliminar