PANEGÍRICO
Originário
da Grécia, foi primitivamente um discurso laudatório proferido em honra dos
antigos heróis olímpicos helénicos. Depois disso passou a elogio fúnebre dos
cristãos mártires da fé.
Em Portugal tomou a forma de elogio pessoal, histórico
ou ideográfico, ligado à oratória apologética, na parte em que se relaciona com
esse mesmo elogio.
As nossas Crónicas
pertencem à relação do Panegírico histórico, tal como no caso da Crónica dos feitos da Guiné, de Gomes
Eanes de Azurara, em que a figura do Infante D. Henrique é sempre apresentada
sob a luz de um ideal aristocrático e cavaleiresco, ou nas Décadas, de João de Barros, embora com excepções de pormenor, o
que, aliás, já não acontece nos seus Panegíricosde
D. João III e da Infanta D. Maria”.
Outra
obras panegíricas: Vida de D. João II,
de Garcia de Resende; Orações fúnebres,
de António Cândido; Vida de D. João de
Castro, de Jacinto Freitas de Andrade. Entre vários.
O
seu declínio nos moldes tradicionais
portugueses começou no século XVIII. Eça de Queirós, em Notas Contemporâneas, dá-nos um novo estilo de Panegírico moderno,
ao evocar a figura de Antero de Quental.
in “Literatura Portuguesa”
Imagem: capa de “Crónica dos feitos da Guiné”, de Gomes
Eanes de Azurara.
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