Ezra Pound (1885-1972)
nasceu em Hailey, Idaho, Estados Unidos da América.
Poeta, músico, tradutor, editor e
crítico literário, foi uma figura controversa de enorme importância no
desenvolvimento da literatura inglesa e americana do século XX.
Foi um dos maiores nomes do
movimento modernista da poesia do início do século passado.
Em 1908, em Veneza, publicou o seu
primeiro livro de poemas, intitulado “A Lume Spento”.
Viveu durante muitos anos em
Itália, onde apoiou Mussolini. Fez propaganda contra os aliados. Foi preso pela
tropas norte-americanas e internado num manicómio.
Algumas
das suas obras: “ The Cantos”; “Personae”; “Thrones”; “The Spirit
of Romance”; “Hugh Selwyn Mauberley”.
Em 1972, um painel de escritores
e críticos propôs a entrega do prémio literário “ Emerson Thoreau Medal” da
“American Academy of Arts and Sciences”. O Conselho da Academia rejeitou a
atribuição do prémio, com base nas actividades do poeta, durante a Guerra
Mundial.
Palavras de Ezra
Pound:
"O conceito de génio como
semelhante à loucura tem sido cuidadosamente alimentado pelo complexo de
inferioridade do público."
E Assim em Nínive
"Sim! Sou um poeta e sobre minha tumba
Donzelas hão de espalhar pétalas de rosas E os homens, mirto, antes que a noite
Degole o dia com a espada escura.
Nem a ti objetar,
Pois o costume é antigo
E aqui em Nínive já observei Mais de um cantor passar e ir habitar
O horto sombrio onde ninguém perturba
Seu sono ou canto.
E mais de um cantou suas canções
Com mais arte e mais alma do que eu;
E mais de um agora sobrepassa
Com seu laurel de flores
Minha beleza combalida pelas ondas, Mas eu sou poeta e sobre minha tumba
Todos os homens hão de espalhar pétalas de rosas
Antes que a noite mate a luz
Com sua espada azul.
Ou mais doce que os outros. É que eu Sou um Poeta, e bebo vida
Como os homens menores bebem vinho."
Ezra Pound, in “Poesia”
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