Madalena Férin (1929-2010) nasceu
em Vila Franca do Campo, Ilha de S. Miguel, Açores.
Licenciou-se
em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Poetisa,
romancista, ensaísta, contista e tradutora, exprimiu na sua obra a paixão pelos
Açores, pelas suas ilhas, pelo seu mar.
Em 1957, publicou o primeiro livro,
“Poemas”.
Outras obras editadas: “Meia Noite no Mar”; “A Cidade Vegetal e
Outros Poemas”; “Prelúdio para o Dia Perfeito”; “Um Escorpião Coroado de
Açucenas”; “O Anjo Fálico”; “O Número dos Vivos”; “África Annes: o Nome em Vão”.
Publicou
artigos na “Revista Ocidente” e na “Revista de Portugal”.
Está
representada em diversas antologias poéticas.
Recebeu,
duas vezes, o “Prémio Antero de Quental de Poesia”.
Mar
de oeste
Eis que do seu dorso despontaram garras!
No vértice onde se embalavam peixes
nasceram asas,
num anseio de pombas
mortas implumes...
Eis que o líquido e o denso se casaram
formando um monstro: rochedo e cavalo,
serpente e águia,
grilheta e asa!
E num barco de papel navego eu!
No vértice onde se embalavam peixes
nasceram asas,
num anseio de pombas
mortas implumes...
Eis que o líquido e o denso se casaram
formando um monstro: rochedo e cavalo,
serpente e águia,
grilheta e asa!
E num barco de papel navego eu!
Madalena Férin, in “Poemas”
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