Fialho de Almeida (1857-1911) nasceu em Vila de Frades, Alentejo, Portugal.
Foi escritor, cronista, jornalista, contista, crítico literário e teatral.
Em 1880,
fundou e dirigiu a revista “A Crónica”, além de ter colaborado em outras diversas publicações.
Em 1881,
editou os textos que foi escrevendo durante quatro anos,
sob o título
genérico “Contos”.
Algumas das
suas obras : “Pasquinadas”; “Os Gatos” (6 volumes); “Lisboa Galante”; “A Cidade
do Vício”; “O Pai das Uvas”.
A sua posição crítica, não alinhada com os poderes
institucionais, atraiu, ao longo da sua vida, múltiplas hostilidades e
inimizades.
Rafael
Bordalo Pinheiro pintou o seu retrato que está exposto no Museu Nacional de
Arte Contemporânea, no Chiado.
Palavras
de Fialho de Almeida:
"Instruir, salubrizar,
enriquecer... Nenhuma obra de governo forte pode assentar sobre aquisições que
não sejam as derivadas próximas destes postulados máximos e extremos."
Excerto do texto
“Os Jornalistas”:
"Compreende-se o jornalismo em França ou na Inglaterra,
onde quase tudo o que há de instruído, de liberal, de inteligente, nos três
quartos da nação, existe ali (…)
Da imprensa deriva toda a espécie de
incentivo e de energia fecunda e transformável, que depois vai propulsar em
todos os distritos gerais da actividade, moral e ciência, indústria e arte,
política e religião. (...)
Falem-me agora da acção da imprensa em Portugal, nos
últimos anos. Quanto aos jornalistas, dêem-me seis que tenham passado a vida a
defender os interesses do povo, sem fazer da redacção elevador para uma
aposentadoria; dêem-me quatro aonde eu escolha um grande homem de letras, ou
simplesmente um grande homem de espírito."
Fialho de Almeida, in “Pasquinadas”.
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