Maria
Braga Horta (1913-1980) nasceu na Fazenda Boa Esperança, do Arraial de Bom
Jesus da Cachoeira Alegre, Minas Gerais, Brasil.
Começou a escrever versos
com 12 anos de idade.
Em 1996, publicou o livro de poesia, “Caminho das Estrelas”.
Participou em
diversas antologias poéticas.
Ganhou
vários prémios, entre os quais, o 1º lugar no “Primeiro Concurso de Poesia da
Fundação de Assistência aos Garimpeiros”, atribuído em 1971, na cidade de
Brasília.
Os sonetos exprimem o ponto alto da sua poesia.
Palavras de Maria Braga Horta:
“Faço versos assim como amor faz ciúme, a árvore faz sombra e dá frutos
e flor, como a flor desabrocha irradiando perfume, como a nuvem dá chuva e o
sol produz calor. Faço versos porque só meu verso resume os meus sonhos de
glória e os meus sonhos de amor e neles me reflito e em seu frágil volume
condenso as vibrações.”
Lirismo
Fale um outro poeta
mais austero
de temas, em geral,
de alto horizonte,
ou imite Camões,
Virgílio, Homero,
buscando a inspiração
em nobre fonte.
Que eu não tento
transpor tão longa ponte
e penetrar num mundo
tão severo.
Como Kháyyám, Gonzaga
e Anacreonte,
só canto o amor, só
dele a glória espero.
"Ser poeta é ser
triste." Esta legenda
vem na fronte do
poeta e é como prenda
que lhe fazem as
musas no batismo.
Desse prêmio, porém,
não tive a parte,
e me faltando enredo,
engenho e arte,
falo de amor no mais
banal lirismo.
Maria Braga Horta
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