quarta-feira, 11 de junho de 2014

Ferreira de Castro

 

Ferreira de Castro (1898-1974) nasceu em Ossela, Oliveira de Azeméis, Portugal.

Escritor e jornalista, é um dos autores com mais obras traduzidas em todo o mundo.

A sua escrita manifesta uma inquietação humanista e social, sendo considerado o fundador do neo-realismo literário.

Foi opositor ao regime ditatorial e defensor dos direitos humanos.

Com 12 anos de idade emigrou para o Brasil. Passou a viver no Seringal Paraíso, na Amazónia, onde trabalhou durante 4 anos, em pleno período da borracha, fixando-se depois em Belém do Pará.

A experiência vivida na Amazónia inspirou-o a escrever “A Selva”, a sua obra-prima, traduzida para diversas línguas e adaptada ao cinema.

Regressou a Portugal em 1919.
Em 1939, fez uma viagem à volta do mundo.

“As Maravilhas Artísticas do Mundo”, publicadas em dois volumes, foram uma das mais importantes obras de Ferreira de Castro.
 
Em 1968, a “União Brasileira de Escritores” apresentou, em conjunto, a candidatura de Jorge Amado e Ferreira de Castro ao “Prémio Nobel de Literatura”.

Recebeu inúmeros prémios literários nacionais e internacionais.

O Museu Ferreira de Castro está situado em Sintra, onde se encontra o seu espólio particular, artístico e literário, doado pelo escritor ao Povo de Sintra.
 


Texto autobiográfico de Ferreira de Castro:

Quando vinha com minha mãe ao mercado de Oliveira de Azeméis, passava por uma meia porta e via lá uma máquina a trabalhar, a tirar o jornal; aquilo parecia-me uma obra de Deus e o meu sonho todo, tinha 9 anos, seria escrever umas coisas para aquele jornal, para a «Opinião». Se alguém podia ter feito a felicidade de uma criança, seria aquele jornal.” (…)
“…Na minha aldeia fiz a instrução primária; no seringal, lia todos os livros que conseguia encontrar, o que estava muito longe de ser suficiente. Eu sou autodidacta. Não posso mesmo dizer que estudei no que isto significa de disciplina, pois tudo o que aprendi, desde as línguas que me permitissem conhecer o espírito dos outros povos, até à Sociologia e a Filosofia, que tanto me interessavam, o fiz sem esforço… e graças a isso, todas as minhas incursões no mundo do conhecimento humano foram agradáveis em vez de penosas”.
 
 
Ferreira de Castro
 
 
 


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