sábado, 28 de junho de 2014

AGATHA CHRISTIE

 
 
 

 
Agatha Christie (1890-1976) nasceu no Reino Unido.

Filha de pai americano e de mãe inglesa, passou a infância em Devonshire, que serviu de cenário a muitos dos seus livros.

Escreveu empolgantes ficções policiais, criando personagens, tais como o detective belga Hercule Poirot, o superintendente Battle, Ariadne Oliver, Miss Marple. Parker Pyne, Tommy e Tuppence.

Usava um estilo sóbrio e simples, evidenciando um profundo conhecimento da psicologia do comportamento.

A sua obra, mais de oitenta livros, permanecerá no património cultural internacional, na qual se pode analisar o retrato de uma época.

Alguns dos seus romances: O Assassinato de Roger Ackroyd, O Estranho Caso da Velha Curiosa, O Destino Desconhecido, O Caso dos Dez Negrinhos, Cai o Pano, Um Crime no Expresso do Oriente.

A peça teatral A Ratoeira foi representada em mais de 25 países.

Até hoje, é a romancista policial mais brilhante e criativa, tendo vendido mais de dois biliões de livros em todo o mundo.

Ficou conhecida como a “Rainha do Crime”, “Duquesa da Morte”, entre outros títulos.
 
 
Palavras de Agatha Christie:
“Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente feliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.”
 
Excerto da peça teatral  A Ratoeira:
 
Fazia muito frio. O céu estava escuro e pesado, descarregando neve.
Um homem de sobretudo escuro, com o cachecol rodeando-lhe o rosto e o chapéu baixado sobre os olhos, desceu ao longo da Culver Street e subiu os degraus do número 74. Premiu com um dedo a campainha da porta e ouvi-a retinir na cave.
Mrs. Casey, atarefada, com as mãos dentro do tanque de lavar a roupa, gritou azedamente:
- Maldita campainha! Não há meio de ter sossego!
Arfando ligeiramente co asma, arrastou-se pelas escadas acima e abriu a porta.
O homem que se achava, em contraluz, recortando-se na entrada, perguntou, num sussurro:
- Mrs. Lyon?
- Segundo andar – indicou Mrs. Casey. – Pode subir. Ela está à sua espera?
O recém-chegado acenou afirmativamente com a cabeça, num movimento lento.
- Muito bem – consentiu ela. – Suba e bata-lhe à porta.
Observou-o, enquanto ele subia as escadas atapetadas. Mais tarde, diria a seu respeito:
- «Causou-me uma estranha impressão!»
Porém, naquele momento, apenas pensara que o sujeito devia estar com uma tremenda constipação, a fungar daquela maneira, e a verdade é que o tempo estava para isso.
Quando o homem atingiu o patamar do segundo piso, começou a assobiar baixinho. O tom musical era o da canção «Três Ratos Cegos». (…)
 
 
Agatha Christie, in “A Ratoeira”
 
 
 
 
 

 

 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário

MALMEQUER

MALMEQUER Português, ó malmequer Em que terra foste semeado? Português, ó malmequer Cada vez andas mais desfolhado Ma...