Enrico Caruso (Nápoles, Itália, 1873-1921).
Tenor, aclamado
em todo o mundo, dotado de uma voz poderosa e pura, interpretava os seus papéis
com enorme talento dramático.
Estreou-se, em
1895, como cantor de ópera, no “Teatro Nuovo”, em Nápoles.
Trabalhou durante
17 anos no “Metropolitan Opera House”, em Nova Iorque.
Foi o precursor na
utilização da nova tecnologia de gravação de som, em discos de cera.
O seu vasto
repertório, principalmente de obras italianas, está preservado em 250
gravações, que inclui 60 papéis de ópera e 500 canções.
Com a gravação de
"Vesti la Giubba” da ópera “Pagliacci” (Palhaços) de Ruggero Leoncavallo,
Caruso vendeu mais de um milhão de discos.
No dia 24 de
Dezembro de 1920, retirou-se da vida artística.
A sua vida foi
tema para o filme “O Grande Caruso”, interpretado pelo cantor lírico Mário
Lanza.
A sua última
esposa, Dorothy Caruso, escreveu o livro Enrico
Caruso – Sua Vida e Sua Morte.
Caruso, tal como
outros grandes artistas, exigia privilégios na assinatura dos seus contratos.
É interessante ler
esta notícia publicada em Março de 1911, na “Pall Mall Gazette”:
“O senhor Caruso
assinou um contrato com a Ópera Imperial de Viena.
O célebre cantor receberá a
quantia de 15.000 coroas, ou sejam 18.000 francos por noite, para fazer três
representações.
Os termos do contrato não são vulgares. O célebre cantor impôs
condições que até agora ainda nenhum dos seus colegas obteve.
Apesar do
regulamento formal que proíbe severamente que se fume no teatro, o senhor
Caruso exigiu o direito de poder fumar quantos cigarros lhe apetecerem até
subir o pano.
Para tranquilizar o público sobre os perigos que tal privilégio possam
resultar, um bombeiro estará sempre junto do tenor, nunca o perderá de vista e
deitará num recipiente cheio de água todas as pontas de cigarros que o senhor
Caruso fumar.
O tenor também exigiu, que o seu médico, o seu advogado, o seu
secretário, o seu empresário e o seu intérprete tenham o direito de
acompanhá-lo do seu camarim até ao palco e vice-versa.”