Mário
Saa
(Caldas da Rainha, Portugal, 1893 –
Ervedal, Portugal, 1971).
Poeta e escritor, dedicou-se à filosofia, à geografia antiga, à astrologia, à grafologia e à arqueologia.
Publicou na revista “Presença” e colaborou no primeiro número da revista “Tempo Presente”.
Poeta e escritor, dedicou-se à filosofia, à geografia antiga, à astrologia, à grafologia e à arqueologia.
Publicou na revista “Presença” e colaborou no primeiro número da revista “Tempo Presente”.
Quadras
da Minha Vida
Os
ecos nos meus sentidos
Dos
meus afectos doentes
São
mais longos, mais compridos
Do
que rastos de serpentes.
Nasci
profundo e pegado
A
turbilhões de aflição:
Na
cara trago estampado
O
meu perfil de obsessão.
Não
creio que possa amar
Nem
neste mundo ter jeito
De
me encostar a outro leito
Sem
desatar a chorar.
Enterro
os dias e os ais,
Sou
uma pilheira de mortos,
Não
tenho espaço pra mais!
Que se comam uns aos outros...
Mário
Saa,
in “A Poesia da Presença”
Sem comentários:
Enviar um comentário