Saúl Dias (Vila
do Conde, Portugal, 1902 – 1983).
Foi
poeta e artista plástico.
Frequentou
a “Escola de Belas-Artes” do Porto.
Colaborou
na revista “Presença” com poemas e desenhos.
Ali
Ali sofreste. Ali
amaste.
Ali é a pedra do teu lar.
Ali é o teu, bem teu lugar.
Ali a pedra onde jogaste
O que o destino te quis dar.
Ali é a pedra do teu lar.
Ali é o teu, bem teu lugar.
Ali a pedra onde jogaste
O que o destino te quis dar.
Ali ficou tua pegada
Impressa, firme, sobre o chão.
Ninguém a vê sob o montão
De cinza fria e poeirada?
Distingue-a, sim, teu coração.
Impressa, firme, sobre o chão.
Ninguém a vê sob o montão
De cinza fria e poeirada?
Distingue-a, sim, teu coração.
Podem talvez o vento, a
neve,
Roubar a flor que tu criaste?
Ali sofreste. Ali amaste.
Ali sentiste a vida breve.
Ali sorriste. Ali choraste.
Roubar a flor que tu criaste?
Ali sofreste. Ali amaste.
Ali sentiste a vida breve.
Ali sorriste. Ali choraste.
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