Eduarda
Chiote (Bragança, Portugal,
1930).
Estreou-se na poesia, em 1975, com o livro Esquemas.
Ganhou o prémio “Teixeira de Pascoaes”, criado pela autarquia de Amarante, com a recolha poética O Meu Lugar à Mesa.
Ganhou o prémio “Teixeira de Pascoaes”, criado pela autarquia de Amarante, com a recolha poética O Meu Lugar à Mesa.
Palavras
de Eduarda Chiote:
“Devo
toda a clareza e tudo o que escrevo à escrita dos outros.”
Fica
Comigo
Mãe,
arqueia
os joelhos
para
que o crepúsculo do medo
possa
ceder ao berço
onde
repouse.
E não
me toques. Não me toques,
não me
beijes.
Deixa-me
permanecer aninhado no vazio
qual
bicho de
sono.
Não me
despertes.
Mãe,
sou um menino de leite.
Apaga o
seio.
Fica
comigo: a noite
começa.
Eduarda
Chiote, in “Antologia Poética”
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