Duarte Lobo (Portugal, 1564 – 1646)
Foi o mais famoso compositor português do seu tempo e, juntamente
com Filipe de Magalhães, Manuel Cardoso, e Pedro de Cristo, é considerado um
dos expoentes da "época dourada" da polifonia portuguesa.
Na Sé de Évora,
enquanto moço do coro da catedral, teve como mestre Manuel Mendes, tendo também
aí sido mestre de capela.
Em 1591 ocupou o
mesmo cargo na Sé de Lisboa e aí ensinou música no Colégio do Claustro, onde se
manteve pelo menos até 1639. Foi durante este período que teve por alunos
alguns dos mais destacados compositores portugueses do século XVII como João
Alvares Frouvo, Fernando de Almeida e Manuel Machado, e o teórico António
Fernandes.
Mais tarde dirigiu
na capital a capela do Seminário de São Bartolomeu. Assinava as suas obras como
Eduardus Lupus.
A sua música foi amplamente divulgada e compreende quatro volumes de polifonia, todos impressos na célebre Oficina Plantiniana em Antuérpia: Opuscula (1602), Cantica Beatae Maria Virginis (1605), e dois Liber Missarum (1621 e 1639) com várias missas paródia baseadas em motetes de Palestrina e Francisco Guerrero.
A sua música foi amplamente divulgada e compreende quatro volumes de polifonia, todos impressos na célebre Oficina Plantiniana em Antuérpia: Opuscula (1602), Cantica Beatae Maria Virginis (1605), e dois Liber Missarum (1621 e 1639) com várias missas paródia baseadas em motetes de Palestrina e Francisco Guerrero.
Publicou também
dois livros de cantochão, destinados às comunidades religiosas de Lisboa: Ordo
Amplissimus Precationum Caeremoniarumque (1603) e Liber Processionum et
Stationum Ecclesiae Olysiponensis (1607) impressos por Pedro Craesbeeck.
Sobrevive ainda um
manuscrito do hino Gloria, laus, et honor, numa cópia tardia conservada
na Biblioteca Pública de Évora, e encontram-se referências a missas, salmos,
sequências, lições, magnificat e vilancicos de sua autoria no catálogo
da Biblioteca Musical de D. João IV, obras hoje dadas como perdidas.
Nesta mostra, que evoca os 450 anos do nascimento do compositor, podem ser vistos exemplares das suas obras editadas em Antuérpia e Lisboa, e também algumas das edições modernas das suas composições.
Nesta mostra, que evoca os 450 anos do nascimento do compositor, podem ser vistos exemplares das suas obras editadas em Antuérpia e Lisboa, e também algumas das edições modernas das suas composições.
Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal
Imagem: Gravura que integra a publicação Arte de
música de canto dorgam, e canto cham, & proporções de música divididas
harmonicamente - Composta por António Fernandez.
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