Eugenio Montale
(Génova, Itália, 1896 – Milão,
Itália, 1981).
É considerado o mais expressivo representante italiano da
poesia hermética.
Algumas das suas publicações: Ossi di seppia, Le occasioni e La
bufera e altro. Este último livro é uma colecção de poemas sobre a guerra e
a dor.
Escreveu artigos literários para o Corriere della Sera.
Obteve,
em 1975, o “Prémio Nobel de Literatura”.
Palavras de Eugenio Montale:
“Também
há poesia escrita para ser gritada numa praça frente a uma multidão entusiasta.
Isto acontece especialmente nos países onde os regimes autoritários estão no
poder.”
Fim de 68
Contemplei da lua, ou quase,
o modesto planeta que contém
filosofia, teologia, política,
pornografia, literatura, ciências
exatas ou arcanas. Nele há mesmo o homem,
e eu entre eles. E tudo é muito
estranho.
Dentro de poucas horas será noite e o ano
terminará entre explosões de espumantes
e fogos de artifício. Talvez de bombas e coisas
piores,
mas não aqui onde estou. Se alguém morre
ninguém se importa desde que seja
desconhecido e longe.
Tradução: Geraldo H. Cavalcanti
Imagem: pintura de August Macke (Alemanha, 1887-1914)
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