JUAN JAMÓN JIMÉNEZ
(Moguer,
Espanha, 1881-Porto Rico, EUA, 1958)
Poeta
Autor de poemas de inspiração simbolista e uma das maiores figuras do lirismo espanhol (Almas de Violeta, Ninfeas, Eternidades).
Como
prosador, destaca-se pelas narrativas de Platero
y yo.
Exerceu
grande influência nos escritores espanhóis e hispano-americanos.
Recebeu, em 1956, o Prémio
Nobel de Literatura.
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Palavras de Juan Jamón Jiménez
"O
poema deve ser como a estrela que é um mundo e parece um diamante.”
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COMO, MORTE, TEMER-TE?
Como, morte, temer-te?
Não
estás aqui comigo, a trabalhar?
Não
te toco em meus olhos; não me dizes
que
não sabes de nada, que és vazia,
inconsciente
e pacífica? Não gozas,
comigo,
tudo: glória, solidão,
amor,
até tuas entranhas?
Não
me estás a sustentar,
morte,
de pé, a vida?
Não
te levo e trago, cego,
como
teu guia? Não repetes
com
tua boca passiva
o
que quero que digas? Não suportas,
escrava, a gentileza com que te obrigo?
in "La Muerte"
Tradução: José Bento
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