Concepción Arenal (Galiza, Espanha,
1820 –1893).
Fundou a revista La Voz de la Caridad, na qual colaborou durante 14 anos.
Foi visitadora-geral das Prisões mais de 30 anos.
Apresentou, em 1860, à Academia das Ciências Morais e Políticas de Madrid,
a memória que intitulou: A Beneficência,
a Filantropia e a Caridade, a qual foi premiada. Deixou muita colaboração
no Bulletin de la Société Général des
Prisions.
O criminalista Roeder inclui os estudos penitenciários de Arenal entre
os melhores de quantos se têm publicado na Europa.
Exercia grande influência sobre os criminosos mais rebeldes, depressa os
levando ao arrependimento.
Conta-se que, um dia, foi a uma prisão, na sua missão de visitadora, na
qual se encontrava um terrível criminoso. O carcereiro pretendeu dissuadi-la,
informando que se tratava de um homem perigosíssimo, do qual ninguém se atrevia
a aproximar-se. A senhora Arenal insistiu, porém, em entrar na cela do preso.
Quiseram dar-lhe uma escolta; mas ela não aceitou e entrou sozinha, alegando
que não queria irritá-lo com a presença de homens armados, pois o que desejava
era consola-lo e salvá-lo. Minutos depois o carcereiro, como ouvisse gemidos
vindos do interior da cela, ficou apavorado, e julgando que a visitadora teria
sido vítima dos instintos ferinos do preso, correu a chamar gente para irem
salvar a pobre senhora.
Entraram todos de roldão na cela e ficaram assombrados
com o que viram: o terrível assassino, que agredia toda a gente e que por todos
era temido, pelos seus maus instintos, estava de joelhos, junto da senhora
Arenal, com o rosto entre as mãos, e soluçando convulsivamente.
Depois da sua
morte, levantaram-lhe cinco estátuas.
Concepción Arenal
Palavras de Concepción Arenal:
“Quanto mais
dividimos os obstáculos, mais fácil é vencê-los.”
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