Foi um dos grandes poetas modernistas da Grã-
Bretanha.
Durante a Segunda Guerra Mundial, alistou-se na
RAF e foi enviado para a Pérsia como tradutor. Permaneceu em Teerão até 1952.
Algumas das suas obras: Os entulhos, Primeiro Livro de Odes, Poemas Completos.
O poema autobiográfico, Briggflatts, escrito em 1965,
é considerado uma das obras-primas do século XX.
Palavras de Basil Bunting:
“A poesia, como a música, é
para ser ouvida.”
Poesia? É um passatempo.
Eu brinco com miniaturas.
Mr. Shaw cria pombos.
Eu brinco com miniaturas.
Mr. Shaw cria pombos.
Não é um trabalho. Você não sua
a camisola. E não recebe por isso.
Você poderia anunciar
sabão.
A ópera, isso é arte! Ou a opereta-
A Canção do Deserto.
Nancy estava no côro.
Mas pedir doze libras por semana-
casado, não é?
- você tem coragem.
Como poderia olhar a cara
de um cobrador de autocarro
se lhe pagasse doze libras?
De resto, quem diz que isso é poesia?
Meu filho de dez anos
pode fazer uma, e rimar.
Eu ganho três mil e as despesas,
carro, planos de reforma,
mas eu sou director financeiro.
Eles fazem o que eu mando,
na minha empresa.
E você, o que faz?
Palavrõezinhos, palavrões,
é doentio.
Lavo-me quando encontro um poeta.
Eles são Comunas, viciosos,
todos delinquentes.
O que você escreve é disparate.
Assim diz o senhor Hines, e ele é professor,
tem obrigação de saber.
Vá mas é arranjar trabalho.
tem obrigação de saber.
Vá mas é arranjar trabalho.
Basil Bunting
Tradução: J.T.Parreira
Imagem: pintura de Harry P. Wilson
Tradução: J.T.Parreira
Imagem: pintura de Harry P. Wilson
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