Francisco
Rodrigues Lobo (Leiria, Portugal, 1580- Lisboa, 1622).
Escritor, diplomou-se em
Direito na Universidade de Coimbra, começando nessa altura a escrever as suas
primeiras composições poéticas.
Nas suas obras nota-se a
influência da lírica de Camões, várias delas em castelhano, talvez devido ao decurso
da sua vida durante o domínio filipino.
Considerado o precursor do
barroco português, entre as suas obras contam-se três novelas: O Pastor Peregrino, Primavera e O Desengano.
Morreu afogado quando fazia uma viagem de barco no Rio Tejo entre Santarém e Lisboa
in “Direcção Cultural do Centro”
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Palavras
de Francisco Rodrigues Lobo:
“O egoísmo é o
vício radical do Homem”
Mil anos há que busco a minha estrela
Mil anos há que busco a minha estrela
E os Fados dizem que ma têm guardada;
Levantei-me de noite e madrugada,
Por mais que madruguei, não pude vê-la.
Já não espero haver alcance dela
Senão depois da vida rematada,
Que deve estar nos céus tão remontada
Que só lá poderei gozá-la e tê-la.
Pensamentos, desejos, esperança,
Não vos canseis em vão, não movais guerra,
Façamos entre os mais uma mudança:
Para me procurar vida segura
Deixemos tudo aquilo que há na terra,
Vamos para onde temos a ventura.
in “Fénix Renascida”
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