José
Malhoa (Caldas da Rainha, Portugal, 1855 – Figueiró dos Vinhos,
1933).
Foi estudar para Lisboa
aos 8 anos e aos 12 entrou na Real Academia de Belas Artes de Lisboa, onde foi
discípulo de Miguel Ângelo Lupi e Tomás da Anunciação.
Em 1875 começou a pintar A Seara Invadida,
que apresentou numa exposição em Madrid, obtendo grande sucesso.
Foi um
dos fundadores do Grupo de Leão, criado em 1880.
Os quadros de ar livre dos
anos 80, mais luminosos e de colorido mais intenso, demonstram que se abria à estética
de Barbizon – introduzida em Portugal por Silva Porto – apesar de nunca lá ter
estado.
Dentro desse espírito naturalista começava o longo percurso de
exaltação da cor e da luz de Portugal, que iria marcar a sua obra no resto da
sua vida.
Malhoa foi pintor de paisagens, cenas de género ou de costumes,
retratos e nus. Raramente pintou a paisagem pela paisagem.
Além dos retratos das gentes
do povo que figuram nos quadros de género, pintou inúmeros retratos da
aristocracia. O Retrato de Laura Sauvinet (Museu de José Malhoa), uma sua
aluna, realizado em 1888, foi por ele considerado a sua obra-prima.
Expôs em
Portugal desde 1880 e participou regularmente em exposições no estrangeiro.
Realizou-se uma exposição retrospectiva da sua obra em Lisboa,
em 1928, tendo-lhe então sido erigido um busto numa homenagem prestada nas
Caldas da Rainha.
Viu em vida avançar o projecto de um museu com o seu nome,
que seria inaugurado seis meses após a sua morte.
in “A Arte em Portugal” (excertos)
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