ANTÓNIO
QUADROS
(Lisboa, Portugal,
1923 -1993)
Foi um dos principais
dinamizadores da chamada geração de “57”, impulsionado pelo magistério de
Álvaro Ribeiro, e por isso fortemente empenhado na formulação, desenvolvimento
e sensibilização de uma «filosofia portuguesa».
Pertenceu ao Grupo da Filosofia
Portuguesa juntamente com destacadas figuras da nossa cultura como o já
referido Álvaro Ribeiro, José Marinho, Cunha Leão e Pinharanda Gomes, os quais
tiveram como fontes inspiradoras Leonardo Coimbra, Sampaio Bruno e Delfim
Santos, entre outros.
O existencialismo e a
«filosofia portuguesa» pareciam-lhe meios privilegiados para conduzir ao
florescimento da nossa raça. Entendia a questão das filosofias nacionais e o
valor da filosofia portuguesa, portadora dos valores futuros, como uma relação
aristotélica entre a potência e o acto, sendo a potência a categoria do
possível, donde emergia a tentação do profetismo e do messianismo.
in “Filosofia e Cultura Luso-hispânica” (excertos)
Palavras de António Quadros
A
imortalidade! Que grande insónia…”
***
Não
digas o que sabes nos teus versos,
Deixa
para trás a ciência e a consciência;Tudo aquilo que em ti não for ausência
São ideais perdidos, ou submersos.
Abandona-te
às vozes que não ouves,
E
liberta os teus deuses nos teus dedos;Não busques os sorrisos, mas os medos,
E o que não for ignoto e só, não louves.
Ser
misterioso e triste, é ser poeta:
Mesmo
a luz que palpita nos teus cantos.É uma imagem heroica dos teus prantos.
Percorre
o teu caminho até ao fundo,
E
com os versos que achaste, aumenta o mundo.Não sejas um escritor, mas um profeta.
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