FEDERICO FELLINI
(Rimini, Itália, 1920 — Roma, 1993)
Cineasta
Devido ao seu amor pelo
mundo circense, fugiu de casa com apenas 12 anos para se juntar a uma trupe.
Durante a II Grande Guerra, trabalhou como tradutor e argumentista para
programas radiofónicos.
A sua entrada no mundo do cinema faz-se através do seu amigo
e actor cómico Aldo Fabrizi, que o contratou para escrever os seus guiões. Em
1944, é apresentado a Roberto Rossellini, que gosta da qualidade dos seus
textos e o contrata para argumentista.
Fellini decide então enveredar pela
realização: o seu primeiro título será Luzes
de Variedades, (1950), que passará praticamente despercebido. Não obstante,
Fellini decide arriscar e obtém o seu primeiro grande triunfo com um filme de
profundo cunho pessoal que retrata a sua juventude em Rimini, protagonizado por
Alberto Sordi: Os Inúteis, vencerá o
Leão de Prata do Festival de Veneza e conferirá notoriedade a Fellini.
O seu
projecto seguinte será sobre a sua grande paixão, o circo: A Estrada, com Anthony Quinn e Giuletta Masina, conta a história
dum grupo de saltimbancos em busca da redenção num mundo que os rejeita. O
filme será recebido internacionalmente como uma obra-prima e será premiado com
o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro, o primeiro de quatro Óscares.
Os
restantes serão por As Noites de Cabíria,
a história simples, mas bela duma prostituta que sonha com a fortuna, por Fellini Oito e Meio, um retrato da crise
criativa dum realizador, e por Amarcord,
onde fez uma descrição da Itália dos anos 30.
Pelo meio, ficaram outras obras
célebres como A Doce Vida, onde
Marcello Mastroianni desempenhou genialmente um jornalista desencantado com a
sociedade romana, Julieta dos Espíritos,
uma fantasia surrealista sobre uma mulher que teme estar a ser vítima de
adultério, e Satyricon, um retrato da
decadência do Império Romano.
A
Voz da Lua, (1990) foi o seu derradeiro título.
Em 1992, recebeu
um Óscar Honorário em reconhecimento pelas suas obras cinematográficas.
in “Infopédia” (excertos)
Palavras de Federico
Fellini
“Para
o cinema tudo se torna uma imensa natureza-morta, até os sentimentos dos outros
são qualquer coisa de que se pode dispor.”
Sem comentários:
Enviar um comentário