FRANÇOIS DE MALHERBE
(Caen, França,1555 - Paris, 1628)
Poeta
e tradutor
Oriundo da magistratura
protestante, frequentou as Universidades de Basileia e Heidelberga. Graças à
protecção de Maria de Médicis será, a partir de 1605, o poeta oficial da corte.
Iniciando a sua carreira literária na peugada dos poetas da Plêiade, há-de,
através de uma evolução lenta mas segura, caminhar para uma poesia impessoal,
expressa numa forma pura e trabalhada, e técnica impecável, baseada na
escrupulosa depuração da língua, na perfeição do ritmo e na harmonia da rima.
As suas formas expressivas foram o soneto, a ode, por ele arrancada ao
esquecimento em que caíra depois de Ronsard, e o poema em estâncias regulares,
cujo exemplo mais perfeito é a Consolation
à M. du Périer.
Não menor do que a influência da sua poesia, aliás pouco
quantiosa, foi a da teoria expressa nas notas lançadas à margem de um exemplar
das obras de Desportes, reunidas depois por Recan no Commentaire sur Desportes.
in “Enciclopédia de Cultura”
***
Por ocasião da morte da filha de um amigo, François de
Malherbe escreveu o poema Consolation à
Monsieur du Périer, do qual fazem parte os seguintesversos:
Mas
ela pertencia a um mundo em que as mais belas coisas
têm vida curta e vã;
e, rosa, ela viveu o que vivem as rosas,
Uma
breve manhã.
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