GIORGIONE
(Castelfranco Veneto, Itália, 1477 - Veneza, 1510)
Pintor
do Renascimento
Tão misteriosa e incerta
como a sua vida é a sua obra: há notícia de 43 pinturas suas, perdidas; e
são-lhe atribuídas umas dezoito, actualmente.
Se, porém, a sua obra é, hoje,
muito reduzida, a sua importância é imensa, e bastaria A Tempestade ou O Concerto
Campestre, tão imitado nos séculos seguintes, para elevar Giorgione ao
primeiro plano da pintura europeia.
Os temas das suas composições são
frequentemente misteriosos ou obscuros; talvez em resultado de nova compreensão
do mundo oriental, já tentada por Bellini e Carpaccio, mas apenas o aspecto
pitoresco.
O seu interesse pela natureza, desligado de quaisquer compromissos
simbólicos, revela-se na maneira indefinida, romântica, com que pinta a paisagem, em que a atmosfera tem o papel
predominante na obtenção da unidade da obra, e onde as figuras humanas,
libertas de todo o aparato mitológico do Renascimento, aparecem desligadas de
qualquer acção.
in
“Enciclopédia de Cultura”
Imagem: auto-retrato (?)
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