(Roma, Itália, 65 a.C. – 8 a.C.)
Poeta,
filósofo
***
CARPE DIEM
Não
procures, Leucónoe — ímpio será sabê-lo —,
que
fim a nós os dois os deuses destinaram;
não
consultes sequer os números babilónicos:
melhor
é aceitar! E venha o que vier!
Quer
Júpiter te dê inda muitos Invernos,
quer
seja o derradeiro este que ora desfaz
nos
rochedos hostis ondas do mar Tirreno,
vive
com sensatez destilando o teu vinho
e,
como a vida é breve, encurta a longa esp’rança.
De
inveja o tempo voa enquanto nós falamos:
trata
pois de colher o dia, o dia de hoje,
que nunca o de amanhã
merece confiança.
Tradução: David Mourão-Ferreira
Sem comentários:
Enviar um comentário